A Babilónia era uma das cidades da Mesopotâmia, região a sul da Ásia entre o rio Tigre e o Eufrates, no actual Iraque e terras circundantes. Em grego Mesopotâmia significa entre os rios.
Há cerca de 10 000 anos, o povo desta região começou a domesticar animais e plantas, e a viver da agricultura e da pastorícia. Viviam em casas feitas de canas e tijolos de lama, construíram celeiros onde guardavam os seus cereais e desenvolveram um sistema simbólico, pequenos objectos em argila, com diferentes formas geométricas, para fazerem o registo do seu comércio e dos seus bens.
Por exemplo, um cilindro de argila podia representar um animal, duas esferas dois bushel (medida de capacidade) de cereal.
Entre 3500 e 3300 a.C. deu-se um grande desenvolvimento dos povos do sul da Mesopotâmia, em especial os da cidade de Ur e Uruk. Nesse período o comércio entre as populações intensificou-se e o sistema de registo complexificou-se, começaram a aparecer objectos com formas mais diversificadas e com riscos e buracos
Por volta de 3000 a.C. a região central e sul da Mesopotâmia viu o desenvolvimento dos Sumérios. Estes desenvolveram e fundaram diversas centros urbanos, como Ur, Uruk, Nipur, Sipar e Larsa. Os Sumérios possuíam uma civilização avançada, com uma organização social e económica complexa, estruturas políticas e religiosas, e complexo sistema de rega, direccionando a água dos rios para as terras. Uma vez que os recursos naturais eram escassos as trocas comerciais com os povos vizinhos eram importantes, havendo igualmente a necessidade de controlo administrativo.
O antigos sistemas de registo foram-se desenvolvendo num complexo sistema numérico, o qual permitia registar grandes quantidades de bens. Este sistema de escrita evoluiu na escrita cuneiforme (em forma de cunha) e um sistema de contagem para um sistema sexagesimal. Os registos escritos eram feitos em pequenas placas de argila, com estiletes de metal, osso ou marfim, que depois colocavam a secar ao sol.
Durante cerca de um século entre 2100 a.C. e 2004 a.C., os Sumérios viveram um período de grande prosperidade, tendo-se consolidado o sistema jurídico, revisto o calendário, o sistema metrológico foi simplificado e foram construídos templos.
Os Acadianos, povos de origem semita, ocuparam a a região central da Mesopotâmia, por volta de 2300 a.C., acabando por dominar os Sumérios. A língua suméria desapareceu quase por completo e foi substituída pelo acadiano.
O Império Acadiano desapareceu devido a diversas invasões estrangeiras, como as dos Amoritas. A Babilónia, tornou-se a centro da dinastia Amorita (2100 a.C. a 1600 a.C.). Passando a ser a capital de toda a região mesoptâmica na altura do rei Hamurabi (1792 a 1750 a.C.) que conseguiu unificar toda a região desde a Assíria, a norte, à Caldeia, a sul.
Os Amoritas adoptaram o mesmo tipo de escrita em tábuas de argila.
Deste período existem centenas de tábuas com registos de matemática e economia. Existem tábuas de multiplicações, de quadrados. de raízes quadradas, de recíprocos e constantes. Mas, também, tábuas contendo listas de problemas, aparentemente, para o professor dar aos seus alunos e pequenas tábuas (do tamanho da palma da mão) que parecem ser a solução de problemas registados pelos alunos.
Após a morte de Hamurabi império entrou em decadência devido às invasões de outros povos como os Hititas (1650 a 1200 a.C.), levando ao ressurgimento de vários reinos menores e à ascensão dos Assírios que controlavam a parte norte da Mesopotâmia, desde 1350 a.C. Estes conquistaram uma vasta região que se estendia desde o golfo Pérsico à Ásia Menor e do Tigre até o Egipto.
Com os Assírios deu-se o desenvolvimento da astronomia, foram produzidas tabelas que permitiam predizer fenómenos astronómicos.
O rei assírio Assurbanipal (668 a 631 a.C.), criou uma biblioteca no seu palácio da capital da Assíria, Nínive. A biblioteca continha mais de 10 000 tábuas de argila.
Vinte anos após a morte do rei Assurbanipal a Mesopotâmia foi conquistada pelos Persas que governaram até que Alexandre, o grande, derrotou os Persas por volta de 330 a.C. Com esta derrota uma nova dinastia de reis (Seleucia) controlou a Mesopotâmia até 69 a.C. Também nesta altura se dá um ressurgimento da astronomia.
O último texto escrito em escrita cuneiforme data de 75 d.C.
Muitas tábuas escritas em cuneiforme encontram-se em diversos museus, a sua designação depende da colecção a que pertencem. As tábuas de problemas que a que pode ter acesso neste sítio, pertencem às seguintes colecções: